segunda-feira, 28 de setembro de 2009


Escrever é um dos meus bens mais preciosos. Escrevo para existir, guardar em mim tudo que eu penso poderia ser um tipo de suicídio. Escrever pode ser um jogo em que os dados são palavras podendo me trazer sorte ou azar. Uso as palavras para dizer algo e também para calar. O que você lê não é tudo que está escrito, existe mais. O melhor está nas entrelinhas. Todas as palavras que escrevo escondem outras palavras. Descobrir quais são não é uma questão de entender, e sim de sentir. Muitas vezes eu não me entendo e quanto mais tento entender, menos entendo. Sinto sem entender.
Cada palavra é uma idéia, uma lágrima, um sorriso, um desejo, um segredo. São como penas, e assim sendo, quando junto várias tenho asas. Vou escrevendo e voando por aí... O corpo está aqui, mas a cabeça está longe.
Escrevo para não falar o que penso, se o fizesse poderia ser um estrago total. Não... Não tente me entender, não quero que me entenda. Estou apenas procurando uma forma de aliviar algo que grita dentro de mim, uma forma de entender, de esquecer... Mas essa tem sido uma tarefa muito difícil ultimamente.