domingo, 20 de fevereiro de 2011

Algumas verdades.


"O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo"

Martha Medeiros

Perder-se


Para alguns perder-se é como achar-se, para outros perder-se é como megulhar num abismo sem fim. Alguns perdem-se em felicidade, outros dizem estar perdidos de amor. Há quem diga que se perdeu no meio de tanta confusão, ou que perdeu-se ao mergulhar em um certo olhar.

Ah, perder-se...doce verbo tu és.

O que eu quero na verdade dizer aqui é que talvez seja bom perder-se. Ao se perder, não existe apenas aquilo que as pessoas chamam de “lado negativo”, existe também o tal “lado positivo”. Porque eu decidi falar disso agora? Não sei. Talvez me sinta um pouco perdida nesse exato momento. Não que isso seja exatamente ruim, nem tão bom quando eu gostaria. Perdi-me apenas. Perdi-me dentro de mim, em meio aos meus anseios, dúvidas, tristezas e alegrias. Perdi-me em meio a tanta confusão dentro da minha cabeça,mutações que fazem ser, e no momento seguinte, já não ser mais o que era. Mas minhas mutações não me entristecem, essa minha mania de ficar me perdendo todas as horas não é ruim, as mudanças dos outros me entristecem. O que é ruim é a cabeça cheia de tanto pensamento. O que é ruim é a vontade de que algo seja de um jeito que não é. O que é ruim e ver o que foi um dia, já não ser mais hoje. Porque? Como algo pode mudar dessa forma? Não consigo entender porque em alguns momentos dou de cara com aquilo que existia, e é como se nada tivesse mudado, é tão bom, mas, no momento seguinte, me deparo com o presente limpo e seco, acompanhado de um tal espaço vazio que já conheço tão bem. Será que você aí é capaz de entender isso? Sei que sim. Então, por favor, não permita que eu perca aquilo que é tão importante dentro de mim, ache-se.

sábado, 27 de novembro de 2010



"Spinning, laughing, dancing to
her favorite song
A little girl with nothing wrong
Is all alone

Eyes wide open
Always hoping for the sun
And she'll sing her song to anyone
that comes along


Fragile as a leaf in autumn
Just fallin' to the ground
Without a sound

Crooked little smile on her face
Tells a tale of grace
That's all her own

Spinning, laughing, dancing to her favorite song
A little girl with nothing wrong
And she's all alone "

_

É que em alguns momentos eu vejo que nem os mais próximos vão conseguir entender isso, me entender. E de repente é como se ninguém me conhecesse. Dizem que eu fico distante, como se estivesse em outro mundo, mas ninguém se arriscou ficar perto de mim o suficiente para entender que existe algo mais, algo por trás, como nas entrelinhas. Outros já disseram que sou complexa, boba, cheia de besteiras, esquisita, quieta demais. Outros não têm paciência. Eles nunca vão entender, porque, como já disseram uma vez, não é questão de entender e sim de entrar em contato. Talvez esse meu jeito não seja bom o suficiente, só por ser diferente do que eles estão acostumados a ver e ser. Ps: ah, aquilo ali em cima é Seven Years - Norah Jones

domingo, 26 de setembro de 2010

Laço de fita


- Espere! Esqueci de te contar algo. Disse ela com um olhar malicioso, mas com um brilho que só o olhar de quem ama tem. Foi aproximando-se e olhando fixamente nos olhos dele, eles eram como um abismo, um doce abismo.

Enfim, chegou até ele e aproximou-se mais, como se fosse contar-lhe um segredo. O vento balançava a fita do seu longo cabelo, que depois voou. Sorriu. Sorriu com aquele sorriso bobo que só quem ama tem, e beijou-o. Ah, como era doce o beijo do seu amado! O gosto da boca era exatamente como imaginava!

- Te deixarei ir agora, se quiseres.

Ele a olhou docemente, deu-lhe as costas e caminhou um pouco até alcançar o laço de fita que voara, apanhou do chão, voltou até ela, e ao beijar-lhe os lábios, sorriu com um sorriso que só ele era capaz de ter e suspirou em seu ouvido:

- Não posso! Prendi-me num laço de fita.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Balada de amor.



No fim da tarde,
A sua lembrança pede passagem
Não espera resposta, logo me invade.
Tento encontrar palavras
Para descrever o que aqui dentro se passa,
Mas não acho as rimas,
As palavras me fogem,
Escapam,ficam raras.

Aqui no meu velho canto,
Poucas luzes me iluminam,
Estou debaixo de um vasto céu.
As primeiras estrelas já surgiram,
Uma brisa leve me toca,
Me traz o seu cheiro,
E a pele logo se arrepia.

Ah, meu amor, se é loucura que isso parece,
Deixa que louca eu seja, então!
Eu chamo de amor!
Sou um coração que bate,
Bate sem parar,
E até o meu último suspiro irei te amar.

terça-feira, 13 de julho de 2010


talvez essa certeza exista em algum lugar aqui dentro...não sei onde. é um daqueles sentimentos que não fazemos questão de provar sua veracidade, preferimos ter eles como incertezas. Mas por que? Para não se machucar, será? ...ou talvez para sonhar mais, viver mais...sei lá. Acho que quero deixar o tal sentimento queto por medo, simples medo de que ele seja verdade, de que ele tenha um certo fundo de verdade.
Prefiro acreditar que existem exceções, as coisas não precisam ser sempre iguais... né?
...as vezes tenho dúvida. Tento acreditar nas exceções...não consigo totalmente. Quem sabe num próximo momento, né?

"But you are the only exception
You are the only exception...
The only exception"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

aquiloquesesente.



Hoje usarei poucas palavras, elas se fazem totalmente desnecessárias agora, e mesmo se eu tentasse usá-las, não iria conseguir. Não se transforma esse sentimento em palavras, mas é fácil percebê-lo quando o sorriso sai fácil, quando o olhar brilha um pouco mais, e o rosto fica meio avermelhado.
Talvez eu tenha medo de sentir isso, talvez eu já tenha me machucado demais, caído demais... e quando pensei que seria diferente, simplesmente não foi. Tenho medo de ter de volta aqueles velhos olhos vermelhos, aquele sentimento que se tem quando nos enganamos com alguém. Fazer o que né?! uuuuuuuuuups

“... And when I touch you I feel happy inside.
It's such a feeling that my love
I can't hide, I can't hide, I can't hide.”