quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Molly,

Molly não era como as outras garotas da sua idade. Não, Molly sonhava mais do que o comum. Molly queria mais do que via, queria ser mais, queria mais cores, mais sons, mais vida. Não era do tipo popular, não era do tipo Maria caladinha, não era do tipo super inteligente, nem do tipo mais simpático. Era apenas Molly. Seu jeito quieto e sonhador. Observava tudo nos pequenos detalhes. Cada risco, cada ponto, cada parte, nada, simplesmente nada fugia da vista de Molly.

Sonhava com seu mundo perfeito. O apartamento com ladrilhos, cortinas, panos e xícaras coloridas. Sonhava com a brisa leve que lhe trazia paz junto com os primeiros raios solares. Molly sonhava com o amor. Não acreditava em príncipes encantados. Príncipes eram perfeitos demais para Molly. Molly queria um alguém que na sua simplicidade lhe trouxesse alegrias, alguém com defeitos, alguém com quem ela pudesse imaginar junto. Molly queria um amor verdadeiro.


Havia uma vez experimentado tal sonho. Um amor como o dos filmes, alguém para contar tudo e sonhar junto. Alguém que lhe trazia alegria com o nascer dos raios solares, e conforto quando a lua aparecia cintilante no céu. Tudo era mais colorido quando Molly tinha um amor. Até que um dia ele acordou para as razões e para as coisas desse mundo. O mundo perfeito de Molly já era bobagem para ele. Molly ficou sem amor. Molly caiu, chorou, esqueceu os sonhos, esqueceu de pintar, esqueceu de dormir e sonhar.

Hoje Molly vive quieta, mais que antes. Molly tenta viver como as outras. Seu mundo colorido e fantasiado, não é mais tão fantasiado assim. O apartamento de ladrilhos coloridos ficou com um tom fosco. Estava na moda...
E os raios solares lhe dão preguiça e vontade de ficar na cama sempre mais. Molly não gosta de se levantar. Molly não acredita em sonhos.

-olha! E de repente, não mais que de repente, Molly vê uma luz mais brilhante que o ouro. E logo em seguida uma brisa leve tocou-lhe a face. Molly fechou os olhos, levantou os braços e então o mundo todo girou, girou,girou,girou...
E quando abriu os olhos viu diante de si seu mundo, que por acaso tinha deixado de lado. O sol estava mais brilhante do que você possa imaginar, as flores, as árvores, as cores, a brisa, tudo brilhava. Era como antes. Molly estava de volta!


“ Toda história tem um fim,mas na vida todo fim é um novo começo”